Com a chegada das festas juninas, o Governo Municipal de Altaneira faz um importante alerta à população sobre os riscos que o uso de fogos de artifício e bombinhas pode trazer para a saúde, o meio ambiente e o bem-estar de pessoas e animais. Embora façam parte da tradição, o uso inadequado desses artefatos pode provocar acidentes graves, queimaduras, incêndios e impactos sensoriais, especialmente em públicos mais vulneráveis. O manuseio incorreto de fogos de artifício pode resultar em lesões sérias, como queimaduras de terceiro grau, traumas ósseos, amputações e até mesmo a morte. Itens como foguetes, morteiros e bombas, que produzem estampidos e ruídos intensos, representam um risco ainda maior. De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2018 e 2022, mais de 5 mil atendimentos hospitalares foram registrados no Brasil por acidentes com fogos, com aumento expressivo nos meses de junho e julho. A maioria dos casos envolve crianças e adolescentes entre 5 e 14 anos. As ocorrências vão desde queimaduras leves até ferimentos graves nos olhos e amputações de membros. No Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) também registra, todos os anos, um crescimento no número de atendimentos por queimaduras durante o período junino, especialmente nas regiões do Cariri e Norte. BARULHO AFETA PESSOAS COM HIPERSENSIBILIDADE SENSORIAL Além dos riscos físicos, o barulho dos fogos com estampido provoca sérios impactos emocionais e sensoriais em pessoas com hipersensibilidade auditiva, como é o caso de quem tem Transtorno do Espectro Autista (TEA). Sons acima de 85 decibéis já podem causar danos auditivos, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, fogos de artifício comuns facilmente ultrapassam os 120 decibéis. Para pessoas com TEA, esses sons podem desencadear crises sensoriais, levando à agitação intensa, ansiedade e até episódios de fuga descontrolada. A exposição ao barulho dos fogos pode provocar aumento da pressão arterial, confusão mental e distúrbios no sono na população idosa. Pacientes em recuperação, em repouso domiciliar ou em cuidados paliativos também estão entre os mais afetados. ANIMAIS TAMBÉM SOFREM No caso dos animais, os riscos são igualmente preocupantes. Entre os problemas mais comuns estão arritmias, convulsões e até parada cardiorrespiratória, principalmente em cães e gatos de pequeno porte ou com histórico de ansiedade. Nesse período, aumentam os casos de fugas, atropelamentos e outros acidentes envolvendo animais domésticos. EM CASO DE QUEIMADURAS: SAIBA O QUE FAZER Se ocorrer uma queimadura, o primeiro cuidado é lavar imediatamente a área atingida com água corrente, para resfriar a pele e minimizar os danos. Em seguida, a vítima deve ser levada rapidamente à unidade de saúde mais próxima. A recomendação é que não se utilize nenhum tipo de produto caseiro sobre o ferimento. Esses métodos são contraindicados e podem agravar ainda mais o quadro clínico. DICAS DE SEGURANÇA: FIQUE ATENTO! Jamais leve bombinhas no bolso; Nunca acenda rojões próximos ao rosto; Não reaproveite bombinhas ou rojões que falharam; Prenda o rojão em uma base firme e afaste-se antes de acender; Evite soltar fogos perto de redes de energia elétrica, hospitais e locais com grande concentração de pessoas; Não solte fogos em ambientes fechados. Ao fazer em locais abertos, redobre os cuidados com a sua segurança e a de quem está por perto; Siga sempre as instruções da embalagem dos produtos; Nunca misture o uso de fogos de artifício com o consumo de bebidas alcoólicas; Não entregue fogos a crianças, pessoas alcoolizadas ou não habilitadas; Mantenha crianças sempre afastadas do local da queima; Compre fogos de artifício apenas em estabelecimentos especializados e regularizados. (Com informações de Agência Brasil e Corpo de Bombeiros Ceará)